Lula foi um dos alvos atingidos pelo gabinete do ódio. Bolsonaristas utilizaram grupos de WhatsApp para ataques coordenados contra o ex-presidente. Entre os autores dos ataques está o youtuber Bernardo Küster. “Recebi ordens do GDO para levantar forte a tag #DoriaPiorQueLula. Bora lá no Twitter”, publicou ele em um grupo no aplicativo de mensagens. As mensagens estão em posse da CPI da Covid e indicam que blogueiros usavam as redes sociais para atacar adversários do presidente.
O mesmo youtuber, em mensagem a um assessor parlamentar da deputada Caroline de Toni, perguntou quando poderia “vazar” informações sobre a “Pepa”, termo usado para se referir a Joice Hasselmann. Temendo represálias, o funcionário ficou com medo de passar informações a ele. “Falei com o adv do gabinete do Edu, e ele disse que vai tentar outro caminho (…) Se isso vier a público agora, a Joice vai solicitar ao pessoal lá quem acessou. Vai foder o cara lá e a mim tbm, que contei” (sic), respondeu.
Nas mensagens, o youtuber ainda reclama de requerimento para convocá-lo para depor na CPMI das Fake News. Ele diz que a convocação se dá com base em reportagem e o assessor concorda. “Absurdo mesmo. O pessoal do Gabinete do Ódio tbm foi assim. Filipe G. Martins também foi convocado com base nessa reportagem lixo”.
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Youtuber diz que gabinete do ódio é “narrativa”
Questionado sobre o teor das mensagens pelo jornal O Globo, Bernardo Küster diz que gabinete do ódio é “narrativa”. “Essa história se tornou uma narrativa em 2018. Eu digo isso, ‘ordens do GDO’, mas na verdade não tem ordem de ninguém. Nunca recebi ordem do Carluxo nem de ninguém. É uma coisa espontânea, uma brincadeira. Se o GDO de fato existisse, ninguém saberia”, justificou.
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