O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ironizou as críticas que recebeu ao ser capa da edição de maio da revista Time. O petista fez a declaração bem humorada durante aula magna sobre democracia na Unicamp. O pré-candidato ao governo de SP, Fernando Haddad (PT), estava presente no evento.
“Essa semana alguém ficou com inveja de mim mais uma vez. Saí na capa da Revista Time. E saí na capa porque eles sabem que quem vai mudar o país é o povo, e o povo vai ter voz comigo”, afirmou o líder das pesquisas.
“O segundo ato de Lula: presidente mais popular do Brasil retorna do exílio político com a promessa de salvar a nação”, diz a chamada da reportagem, publicada na quarta-feira (4) e assinada pela jornalista Ciara Nugent.
A matéria diz que o ex-presidente, aos 76 anos, “esperava uma vida mais tranquila longe dos salões do poder”, mas que não hesitou em voltar à linha de frente da política. Na entrevista, ele afirma: “A política vive em cada célula do meu corpo, porque eu tenho uma causa. E nos 12 anos desde que deixei o cargo, vejo que todas as políticas que criei para beneficiar os pobres foram destruídas”.
“O sonho do Brasil que Lula perseguiu durante sua presidência de 2003 a 2010 está em frangalhos, diz ele. Por meio de programas sociais progressistas, pagos pelo boom de produtos brasileiros como aço, soja e petróleo, o governo Lula tirou milhões da pobreza e transformou a vida da maioria negra e da minoria indígena do país”, destaca a Time.
Lula defendeu a educação
Na Unicamp, Lula defendeu a educação brasileira. “Educação é o investimento mais barato que um país pode fazer. Eu tive a sorte de ter o Fernando Haddad como ministro da Educação. E hoje eu tenho orgulho de dizer que um torneiro mecânico foi o presidente que mais fez universidades no país”, disse o ex-presidente.
“As pessoas precisavam de oportunidade para entrar na universidade. Com FIES e Prouni, passamos de 3,5 milhões de alunos para 8 milhões. Pela primeira vez com 51% de estudantes negros. Hoje você entra na universidade e vê a cara do Brasil, antes era a cara só da elite brasileira”.