O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem indicado a aliados que não tem pretensão de reconduzir Augusto Aras ao comando da Procuradoria-Geral da República (PGR). A informação foi divulgada pelo jornal O Globo.
Em conversas com auxiliares, o petista não demonstra disposição de mantê-lo no cargo por mais dois anos, embora a recondução do PGR conte com apoio de aliados como o líder do governo Jaques Wagner (PT-BA) e o ministro da Casa Civil, Rui Costa.
Na avaliação de auxiliares do mandatário, a falta de um “franco favorito” ao cargo entre os nomes que estão postos é o que mantém Aras na lista de cotados.
Vale destacar que o que pesa contra a recondução do PGR é sua ligação direta com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), além da avaliação de que falhou na contenção ao ex-chefe do Executivo durante o avanço da Covid-19.
Na última quinta-feira (24), o presidente petista recebeu Aras em seu gabinete, no Palácio do Planalto, em Brasília, em uma conversa de uma hora e 20 minutos. A conversa foi acompanhada por Jaques Wagner, pelo advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias, e pelos ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Flavio Dino (Justiça).
Os próximos candidatos, entretanto, serão recebidos por Lula a partir de setembro. Integrantes do governo têm defendido que todos os candidatos devem ser ouvidos. O vice-procurador-geral Eleitoral Paulo Gonet e os subprocuradores-gerais Antônio Carlos Bigonha e Mario Bonsaglia são os outros nomes com força na disputa.