O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu entrevista nesta sexta-feira (29) à Rádio Jornal, de Pernambuco, e falou sobre a decisão da ONU em relação ao processo da Lava Jato contra ele. A Organização das Nações Unidas reconheceu que o líder das pesquisas foi vítima de julgamento parcial e seus direitos políticos foram violados.
“A decisão da ONU mostrou a falácia contra mim, a decisão de não me deixar ser candidato, a decisão de me prender. A ONU deu um chute nisso e mostrou a pouca vergonha que foi feita para evitar que eu fosse presidente da República em 2018”, declarou.
“Eu agora não tenho que provar mais nada. Quem tem que provar é quem foi mentiroso e me acusou. Esse pessoal que me acusou induziu a imprensa brasileira a acreditar nas mentiras do Moro, nas mentiras do Dallagnol. Eu estou muito tranquilo. Quem tem que me pedir desculpas é quem me acusou falsamente, é quem mentiu a meu respeito, é quem foi leviano comigo”, completou.
Lula e a ONU
A ONU comunicou na quinta-feira (28) que o Comitê de Direitos Humanos concluiu que o ex-presidente sofreu violações graves nas ações da Lava Jato, com perseguição política e julgamento parcial.
A organização ordenou que o governo brasileiro adote ações para reparar os danos causados e dê publicidade para que não ocorra casos parecidos. Agora o Brasil tem 180 dias para responder ao organismo internacional.