Foto: Ricardo Stuckert
O pesquisador Felipe Nunes, diretor do instituto Quaest Pesquisa e Consultoria e professor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), fez uma publicação no Twitter analisando o último levantamento realizado pelo grupo no Rio de Janeiro. Segundo ele, a candidatura que tiver o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhará força na eleição para o governo do estado.
O deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ), pré-candidato de esquerda, é o nome com maior rejeição segundo a pesquisa. 47% dos entrevistados afirmaram que “conhecem e não votariam” no ex-psolista. O apoio de Lula, porém, “pode mudar esse cenário” segundo Nunes.
Ele aponta que 33% dos eleitores preferem que vença um governador mais ligado ao petista. 29% escolheriam um nome mais ligado ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que disputará a reeleição.
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O “padrinho político” do Rio
O pesquisador aponta ainda que Lula tem a capacidade de fazer o eleitor mudar seu voto. “Lula é importante padrinho político do Rio”, afirma ele, apresentando outro gráfico que mostra o petista como o pré-candidato à presidência mais influente de todos.
36% dizem que mudariam seu voto para governador se um outro candidato ganhasse o apoio do ex-presidente. Bolsonaro também é forte neste quesito, com 32%. Um pouco atrás, aparecem o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) e o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), com 23% e 22%, respectivamente.
Freixo pode subir 11% com apoio de Lula no 2º turno
Felipe Nunes destaca que o petista é quem mais pode ajudar um candidato a ganhar votos. “É natural observar que Freixo sobe 11 pontos (percentuais) em um eventual segundo turno contra Castro dado o apoio de Lula”, aponta o professor.
O atual governador do RJ, Cláudio Castro (PL), aparece em primeiro na pesquisa sobre o 2º turno, com 34%. Freixo vem logo atrás, com 30%. O patrocínio de Bolsonaro, que provavelmente apoiará a reeleição de Castro, ajudaria seu correligionário a subir somente dois pontos, deixando-o com 36%. Já o apoio de Lula pode alavancar a candidatura do deputado, que subiria para 41% e venceria o pleito.
