Lula reclama de Conselho de Segurança da ONU: “Não faz paz em nada”

Atualizado em 23 de fevereiro de 2024 às 22:43
Lula falando e gesticulando com expressão séria e bandeira do Brasil ao fundo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – Divulgação/PR

Durante um evento no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou veementemente o Conselho de Segurança das Nações Unidas, especialmente após os Estados Unidos vetarem uma proposta de resolução que visava estabelecer um cessar-fogo humanitário imediato no conflito entre Israel e Hamas.

Lula destacou que a atuação do Conselho de Segurança não reflete uma lógica democrática e enfatizou a necessidade urgente de reformas na composição do órgão, visando torná-lo mais representativo do mundo contemporâneo. Ele ressaltou a importância de incluir países africanos, latino-americanos, a Índia e outras nações nesse processo de reforma.

“Nós andamos brigando muito para que a gente tenha uma reforma no Conselho de Segurança da ONU para que ele possa representar um mundo no século 21 e não representar o mundo de 1945, 1946, 1947 e 1948. O Conselho de Segurança da ONU, hoje, não representa nada, não toma decisão para nada e não faz paz em nada”, reclamou.

O presidente lamentou que o Conselho de Segurança, nos moldes atuais, seja incapaz de tomar decisões efetivas e promover a paz em conflitos globais. Essa crítica vem em meio à rejeição da proposta de cessar-fogo, que obteve amplo apoio, mas foi vetada pelos EUA, membro permanente do conselho.

“A lógica da ONU não é agir de forma democrática. O Brasil está brigando para que o Conselho de Segurança tenha países africanos, países da América Latina, tenha a Índia e outros países”, reforçou o petista.

Essa não é a primeira vez que os EUA exercem seu poder de veto para bloquear resoluções relacionadas ao conflito Israel-Hamas. Em outubro, o Brasil também teve uma proposta vetada pelos EUA, evidenciando a discordância entre as posições dos dois países nesse assunto.

Lula não poupou críticas à ação militar de Israel na Faixa de Gaza, caracterizando-a como um genocídio durante o mesmo evento.

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