O presidente Lula vai se reunir com o assessor especial da presidência Celso Amorim e os ministros Paulo Pimenta (Secom), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) no Palácio da Alvorada em meio à crise com o governo de Israel.
O encontro de emergência foi convocado após uma declaração do presidente que gerou revolta no governo israelense. Neste domingo (18), o petista comparou os ataques de Israel à Faixa de Gaza ao extermínio de judeus promovido por Adolf Hitler no regime nazista.
“O que está acontecendo na Faixa de Gaza, com o povo palestino, não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler decidiu matar os judeus”, afirmou o petista.
Lula, que chegou ao Brasil na madrugada desta segunda (19) e não tem agenda oficial para hoje, planejava se reunir com auxiliares para fazer um balanço de sua viagem do último fim de semana e discutir a repercussão de sua participação na cúpula da União Africana.
Após a declaração deste domingo, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu atacou o petista, dizendo que suas falas “são vergonhosas e graves” e alegando que ele cruzou “uma linha vermelha” ao fazer a comparação.
Na manhã de hoje, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, afirmou que a comparação é “inaceitável” e que “ele é uma persona non grata até que peça desculpas e se se retrate”.