Na manhã desta sexta-feira (23), o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convidou a ex-presidenciável e senadora Simone Tebet (MDB) para assumir o Ministério do Meio Ambiente (MMA) em 2023. Os dois se reuniram hoje no hotel onde o presidente eleito está hospedado em Brasília.
A senadora poderá aceitar a indicação desde que exista um acordo com a ex-senadora e ex-ministra da pasta, a deputada eleita Marina Silva (Rede). A definição só será feita após uma conversa com Marina, que poderá acontecer ainda hoje, às 14h.
“Simone será ministra no meu governo”, disse Lula ao presidente do MDB, o deputado Baleia Rossi, e aos senadores Renan Calheiros (MDB) e Eduardo Braga (MDB). O encontro ocorreu nesta quinta-feira (22).
Antes do encontro, a senadora rejeitou assumir o Ministério do Planejamento no novo governo. Ela disse a interlocutores que a chance de assumir o cargo é “zero”.
Os aliados no entorno de Tebet enxergam com bons olhos a possibilidade de que a parlamentar possa assumir o Meio Ambiente para promover uma integração do agronegócio com a sustentabilidade, um dos principais assuntos de sua campanha quando foi candidata à Presidência.
No entanto, o problema a ser contornado é a participação de Marina no governo. Até agora, a ideia mais palpável é de que as duas, que se uniram a Lula no segundo turno das eleições, trabalhem juntas, com a ex-ministra e deputada eleita atuando como uma possível “autoridade do clima”.
A condição de Tebet é de que Marina seja indicada como uma “autoridade climática” com status de Ministério. O único problema, porém, é a recusa de Marina em aceitar o comando do novo cargo. A deputada eleita considera a autoridade climática uma função técnica, e por isso não se coloca como uma opção para o cargo.
A indicação da senadora para o Ministério do Meio Ambiente agradaria ao mercado. Já a ex-ministra, por sua vez, sofre resistência do setor, mas tem apoio da área ambiental.
Alguns interlocutores envolvidos nas conversas cometaram que, se Marina der o “ok” para Tebet assumir o Meio Ambiente, a senadora deverá aceitar o convite de Lula.
Ainda assim, além disso, existe a possibilidade de que a senadora possa comandar o Ministério das Cidades (MCID), que ainda está indefinido. A ex-presidenciável já garantiu para seus auxiliares um sobreaviso para uma visita à Brasília na próxima semana.