O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria ficado irritado com o fato do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), prestar depoimento fardado na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas de 8 de janeiro. Com informações da coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.
Apesar do ministro da Defasa, José Múcio, não ver afronta no ato, o petista ficou contrariado e manifestou seu descontentamento a auxiliares diretos e também a integrantes do primeiro escalão do governo.
Para Lula, Cid deveria ter ido a comissão usando trajes civis, já que os crimes pelos quais ele é acusado não têm relação direta com a atividade militar. O tenente-coronel está sendo investigado por falsificar cartões de vacina contra a Covid-19.
O Exército, no entanto, afirmou que orientou Cid a vestir a farda por entender que ele foi convocado pela CPI para tratar de “temas referentes à função para a qual fora designado pela Força”.
Na comissão, o tenente-coronel decidiu ficar em silêncio e não respondeu a nenhuma pergunta feita pelos parlamentares. O ex-auxiliar de Bolsonaro se recusou até mesmo a revelar a sua idade.