Lula vai à ONU pedir reformas no Conselho de Segurança e atenção aos excluídos

Atualizado em 17 de setembro de 2023 às 11:08
Lula discursa na Assembleia Geral da ONU em 2009. Reproduçao Wikipedia

No discurso de abertura Assembleia Geral da ONU, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve dizer que os organismos internacionais já não atendem aos interesses do século 21 e não representam a relação de poder que existe hoje no mundo. As informações são da coluna de Jamil Chade, no Uol.

Como de costume, caberá ao presidente brasileiro o discurso inicial do evento, que iniciará na próxima terça-feira (19). A expectativa é a de que o petista também mandará um recado claro aos países ricos de que os emergentes exigem que sua voz seja ouvida nas decisões globais.

A presença do petista no encontro contará com a participação de uma grande delegação, com 13 ministros e 300 pessoas inscritas, composto de membros da sociedade civil e da indústria. A reunião ocorrerá em Nova Iorque, EUA.

Lula pretende defender uma reforma dos organismos internacionais, principalmente das entidades que lidam com as finanças internacionais e o Conselho de Segurança da ONU.

Sabe-se, no entanto, que o discurso, de pouco mais de dez minutos, ainda está em fase de ajustes. Um dos rascunhos, que circulou entre diplomatas no último sábado (16), servia de esboço para o que será o retorno de Lula ao palco principal da ONU, depois de mais de uma década de ausência.

Jair Bolsonaro, em discurso na Assembléia Geral da ONU. Reprodução

O brasileiro vai denunciar que o atual sistema mantém excluída a voz de milhões de pessoas e que uma reforma do Conselho de Segurança para incluir novos membros é fundamental se a entidade quiser se manter relevante.

O comprometimento de Lula com pautas diplomáticas ocorre em resposta ao comportamento de total isolamento dos grandes debates internacionais imposto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante seu governo.

A ideia do atual mandatário brasileiro é a de tornar o Brasil um protagonista na política externa.

Além da “reforma urgente”, Lula também abordará temas relacionados ao combate à fome e à desigualdade e o anúncio de que o Brasil terá um novo compromisso de redução de emissões de CO2.

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