O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu tornar público o seu cartão de vacinação, atendendo a uma solicitação via Lei de Acesso à Informação (LAI). Isso acontece no mesmo momento em que a Controladoria-Geral da União (CGU) está prestes a decidir sobre o fim do sigilo da caderneta de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) .
Lula, antes de ser eleito presidente, durante a pandemia de covid-19, já mostrava interesse e fez diversas publicações mostrando as doses tomadas e incentivando os brasileiros a irem até os postos para se vacinarem. A imprensa também fez uma ampla cobertura sobre as doses do petista.
Tornar público os documentos de vacinação, contudo, seria uma maneira de revelar que o presidente atende a uma padronização das regras de sigilo, que passam a ter critérios mais claros. Duas fontes do governo confirmaram que o petista não tem problema em abrir seus dados de vacinação.
No dia 3 de abril de 2021, em uma postagem no seu perfil do Twitter, o presidente compartilhou que foi tomar a sua segunda dose de vacina, em São Bernardo do Campo, em São Paulo.
03/04/2021 | Lula recebe a segunda dose da vacina contra a covid19 em São Bernardo do Campo. #VacinaParaTodosJá
Foto: Ricardo Stuckert pic.twitter.com/YkSzUJUBlo
— Lula (@LulaOficial) April 3, 2021
Agora, em ambos os casos, a partir da decisão de quebra de sigilo, cabe ao Ministério da Saúde (MS) revelar os dados a quem os solicitou. Os dados de vacinação ainda não foram divulgados.
Em várias situações, o ex-presidente alegou que não iria tomar nenhuma vacina contra o coronavírus. “Eu não vou tomar vacina e ponto final. Minha vida está em risco? O problema é meu”, esbravejou Bolsonaro, durante entrevista ao Brasil Urgente, da Band, em 15 de dezembro de 2020.
Em outro momento, ressaltou: “Eu sou o único chefe de Estado que não tomou vacina. A ‘petralhada’ quer que eu morra? deixa eu não tomar vacina então. Isso é liberdade”, declarou.
Antes de fugir para Orlando, nos Estados Unidos, Bolsonaro impôs sigilo de 100 anos sobre seu cartão de vacinação, negando pedido de acesso feito quando ele ainda estava na presidência. Agora, com a decisão favorável da CGU, os dados do ex-presidente serão liberados.
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