Maioria dos brasileiros acredita que haverá mais corrupção no futuro, diz Datafolha

Com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou menos, a pesquisa ouviu 2.556 pessoas acima de 16 anos

Atualizado em 29 de março de 2022 às 7:13
Corrupção
Mala de dinheiro encontrada em operação sobre suspeita de corrupção nas eleições de 2020 – Polícia Federal

De acordo com o Datafolha, a percepção de que a corrupção no Brasil vai aumentar daqui para a frente teve nova elevação. A pesquisa foi realizada na terça (22) e quarta-feira (23). Um percentual de 53% dos entrevistados fez coro a essa avaliação, comparando com 36% na sondagem anterior, em dezembro de 2021.

Outros 17% acham que os casos vão diminuir e 26% pensam que ficarão como estão; 4% não sabem. Essa pesquisa foi realizada em meio às denúncias que atingem o Ministério da Educação sob o governo Jair Bolsonaro (PL), com suspeita de envolvimento de pastores em um esquema de propina.

O patamar dos que acreditavam em aumento da corrupção no futuro tinha despencado em relação ao levantamento anterior, de setembro (de 61% para 36%). Foi o menor nível desde o início do governo Bolsonaro. Na mesma toada, a parcela dos que esperavam diminuição havia subido (de 11% em setembro para 30% em dezembro).

Esse salto de agora mostra um pessimismo maior, com mais da metade (53%) aguardando piora no cenário, mas ainda distante do pico alcançado em março de 2021 (67%). Naquela época, além da aliança do presidente com o Centrão, o noticiário estava salpicado de revelações sobre os esquemas de “rachadinhas” da família Bolsonaro e o episódio da nebulosa compra de uma mansão de R$ 6 milhões por seu filho Flávio, senador pelo PL-RJ​.

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Como foi realizada a pesquisa sobre corrupção

Polícia Federal Bolsonaro
Polícia Federal

Com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou menos, a pesquisa ouviu 2.556 pessoas acima de 16 anos, em 181 cidades de todo o país, e está registrada no TSE sob o número BR-08967/2022.

Os números, colhidos pelo instituto junto com questões sobre a avaliação do governo (que teve queda na reprovação) e as principais preocupações do brasileiro (saúde e economia no topo), mostram uma guinada na comparação com os retratados pelo instituto em dezembro.

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