Idealizador e financiador do ato convocado por Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, o pastor Silas Malafaia pediu para que fiéis façam jejum e rezem pelo ex-presidente. A iniciativa surgiu durante culto com cerca de 5 mil pessoas no bairro da Penha, zona norte do Rio, na noite de domingo (18).
“Estou convocando o povo de Deus para que, na quinta-feira, a gente possa fazer um jejum pela nação, um jejum simples, da meia-noite ao meio-dia. Precisamos orar pelo nosso país para que Deus o livre de toda crise”, afirmou o pastor.
Quinta (22) é a data em que o ex-presidente presta depoimento à Polícia Federal por suspeita de planejar golpe para se manter no poder. O ato do próximo domingo (25) é uma forma, segundo ele, de se “defender de todas as acusações”.
“Eu sei o que está acontecendo no país, eu conheço o bastidor e eu dei uma palavra para o ex-presidente. Falei que o povo é o supremo poder de uma nação. E eu o convenci para que no domingo a gente faça uma manifestação”, prosseguiu Malafaia.
O religioso, que já prometeu fazer um discurso menos agressivo durante o ato de Bolsonaro, diz que vai “levantar um clamor na Avenida Paulista”. “Peço a sua proteção em oração para que Deus me dê graça para o que eu vou falar lá”, completou.
Durante o culto, ele ainda fez um pedido de dízimo, citando a inauguração de cinco igrejas e a reforma de outras três nos próximos 75 dias, e fiéis fizeram as doações por meio de envelopes com dinheiro e cartões de crédito e débito.
O dinheiro do dízimo será usado para bancar o ato de Bolsonaro, que tem custo previsto de R$ 80 mil, já que sua renda é bancada pelas doações dos fiéis.