Mamãe Falei, Arthur Aguiar e as mulheres traídas. Por Nathalí

Atualizado em 6 de março de 2022 às 10:26
Mamãe Falei
Mamãe Falei do MBL. Foto: Reprodução/Twitter

Desde que passou a dividir seu elenco entre “pipocas” (os anônimos) e “camarote” (os famosos), o Big Brother Brasil já foi responsável pelo “cancelamento” de muita gente, que o digam Projota e Nego Di, cujas carreiras praticamente acabaram depois de uma passagem desastrosa pelo reality.

Na vigésima segunda edição, a estratégia de Boninho – genial, convenhamos – foi convidar para o casting alguém que já estivesse com a moral mais suja que pau de galinheiro: afinal, quem já está cancelado não tem absolutamente nada a perder.

O escolhido para ser “sumariamente cancelado da edição” foi Arthur Aguiar, ator que traiu a esposa 16 vezes (além de traições a ex-namoradas como Pérola Faria e Lua Blanco, colegas de elenco com quem namorou na época das filmagens de “Rebelde Brasil”, que foi, aliás, o ponto mais alto da sua carreira – risos -), e já estava sem perspectiva de trabalho, sem destaque na mídia e, principalmente, queimadíssimo com nove entre dez mulheres brasileiras (ou ao menos aquelas que já haviam ouvido falar dele).

A verdade é que Arthur sempre foi um ator mediano, com pouca expressividade artística e poucos cachês, que viveu às custas da esposa Maíra Cardí durante anos, enquanto usava o dinheiro dela pra pagar motel com as amantes.

E isso não fui eu – nem o Leo Dias – quem disse, foi a própria Maíra, ao expor as traições do então ex-marido nas redes sociais (e conseguir de quebra um engajamento, que vira dinheiro nas mãos desta corna mansa, porém visionária).

Ao topar entrar no BBB, Arthur não apostou nada, e acabou ganhando tudo.

Depois de ser perdoado pela esposa, ele foi perdoado pelo país inteiro: com uma lábia digna de advogado fanfarrão e um tipo de carisma que ilude facilmente as mulheres mais ingênuas, o cancelado se tornou o favorito.

Quem não contava com isso? Jade Picon, influenciadora que – dizem as boas línguas – entrou no programa muito bem instruída por seu empresário, que aconselhou-a a rivalizar com quem já era odiado aqui fora – presa fácil, portanto.

O que Jade e seus conselheiros provavelmente não sabiam é que Arthur se tornaria um meme querido pelo público por comer pão, e o galã absoluto da edição por dar uns closes na piscina. Que ele sairia invicto dos paredões aos quais fosse indicado, e ainda conseguiria o milagre de sair como a vítima, o perseguido da edição.

Convenhamos que ela também não se ajuda: não consegue esconder a própria soberba por muito tempo e se comporta como uma personagem clichê de meninas malvadas. Mas isso justifica que ela seja a mais cotada como eliminada da próxima terça-feira do que o cara que sempre se comportou como um canalha com todas as mulheres com quem se relacionou e já protagonizou falas racistas no reality?

Não raro basta isso, um corpinho e um papinho bonitos, para que o brasileiro esqueça o passado asqueroso de seus ídolos. É assim na política, e é assim nos ídolos que se escolhe na grande mídia.

Arthur é o predileto de tantos – e de tantas mulheres – porque sabe se comunicar e levar todo mundo na lábia. E isso compensa – pasmem – os julgamentos dele às mulheres livres que estão participando desta edição, as dezenas de traições e canalhices às mulheres aqui fora, o perfil manipulador notório em cada diálogo transmitido no reality.

Não se trata de associar as traições à sua conduta de jogador, a fim de tornar pública uma questão íntima: trata-se apenas de não ignorar os fatos.

Um cara que tem coragem de usar o dinheiro conquistado pela esposa pra bancar festinha com amante enquanto a mulher amamenta sua filha e chora em casa não pode ser um cara íntegro. Como adoram dizer os “conservadores nos costumes e liberais na economia”, a conta não fecha. Um cara que julga uma mulher preta por beber e transar, mas não julga uma branca por fazer o mesmo, não pode ser um cara justo.

Mas um cara que consegue convencer a mulher a perdoar 16 traições, com certeza também consegue colocar no bolso o país que elegeu Bolsonaro.

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A mim, entretanto, ele nunca enganou. Puxei a mamãe: não caio em armadilha.

Como Luciano Huck, que apagou de suas redes sociais as fotos com toda sua turma de amigos acusados de diferentes crimes, Fernando Gabeira correu para limar registros de seus encontros com os censores do MBL após o caso Santander.

Infelizmente, tarde demais. Sua ligação com os pequenos fascistas já é mais famosa que a tanga de crochê que o jornalista, escritor e ex-deputado usou na praia ao voltar do exílio.

Por Nathalí

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