Mancha Verde é proibida de entrar em estádios de SP após assassinato

Atualizado em 30 de outubro de 2024 às 15:00
Torcedores da Mancha Verde estão proibidos de usarem indumentárias da organizada após emboscada. Foto: reprodução

A Federação Paulista de Futebol (FPF) confirmou que a torcida organizada Mancha Verde, do Palmeiras, está proibida de frequentar estádios em todo o estado de São Paulo a partir desta quarta-feira (30). A decisão foi tomada após recomendação do Ministério Público, em resposta a uma briga envolvendo torcedores do Cruzeiro, da organizada Máfia Azul, na Rodovia Fernão Dias, em Mairiporã (SP), que culminou na morte de um torcedor do clube mineiro no último domingo (27).

Segundo a FPF, a proibição envolve o uso de qualquer vestimenta, bandeira ou objeto que identifique a torcida organizada nos estádios paulistas.

“Considerando que é dever desta preservar a disciplina nos campos de futebol, informa: atender integralmente a recomendação do Ministério Público do Estado de São Paulo, para que seja proibida a entrada, nos estádios de futebol do Estado de São Paulo, de qualquer indumentária e objetos (faixas, bandeiras etc.) que identifiquem os associados da torcida organizada ‘Grêmio Recreativo e Cultural Torcida Mancha Alviverde’ a contar desta data”, declarou a FPF em nota oficial.

Vale lembrar que o nome jurídico do grupo paulistano, embora fundada como “Mancha Verde”, é “Mancha Alviverde” devido a um conflito com a Torcida Tricolor Independente, do São Paulo, em 1995, que também acabou com uma morte dentro do estádio do Pacaembu durante uma partida da Copa São Paulo de Futebol Júnior, para atletas das categorias de base.

O episódio que levou à decisão ocorreu na madrugada de domingo (27), quando um grupo de torcedores do Palmeiras teria armado uma emboscada contra cruzeirenses que retornavam a Belo Horizonte após uma partida contra o Athletico. Estima-se que mais de 100 pessoas tenham participado do confronto. Dois ônibus de torcedores foram atacados, com um deles incendiado.

Segundo informações da polícia, 18 pessoas precisaram ser atendidas no hospital Anjo Gabriel, em Mairiporã, enquanto outros três foram levados ao Pronto Socorro de Franco da Rocha. José Victor Miranda, de 30 anos, sofreu ferimentos graves e queimaduras, não resistindo aos ferimentos.

No dia seguinte ao confronto, a Mancha Verde divulgou um comunicado negando envolvimento no ataque e afirmando que não incentivou qualquer ação relacionada ao incidente.

“Queremos desde já deixar claro que a Mancha Alviverde não organizou, participou ou incentivou qualquer ação relacionada a esse incidente. Com mais de 45.000 associados, nossa torcida não pode ser responsabilizada por ações isoladas de cerca de 50 torcedores, que desrespeitam os princípios de respeito e paz que promovemos e defendemos”, afirmou a torcida organizada.

A ação do grupo de torcedores palmeirenses foi interpretada como uma resposta a uma emboscada semelhante de 2022, quando um ônibus indo de São Paulo a Belo Horizonte, para uma partida entre Palmeiras e Atlético Mineiro, foi interceptado por membros da Máfia Azul.

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