Neste sábado (3), um pequeno número de pessoas protagonizou uma uma manifestação anti-imigração, convocada por um grupo vinculado à ultradireita portuguesa. Aproximadamente 200 pessoas participaram do evento, conforme estimativa policial.
Indagado sobre a adesão modesta, o porta-voz do movimento afirmou que a situação não poderia ser diferente devido à campanha “lançada por alguns órgãos de comunicação social” contra o ato. Ele declarou: “Todos os que estão aqui são uns heróis.”
A mídia portuguesa cobriu extensivamente a manifestação, com dois dos três canais de televisão aberta do país realizando coberturas ao vivo. Apesar de se apresentar oficialmente como uma “manifestação contra a islamização da Europa”, na prática, houve expressões contrárias à comunidade de imigrantes em Portugal como um todo.
Alguns manifestantes fizeram saudações nazistas, e em vários momentos, foram entoados cânticos como “Portugal aos portugueses”, “já para fora da Europa” e “viva Salazar”, referindo-se ao antigo ditador do país.
Inicialmente programada para a região de Martim Moniz, uma das áreas com maior presença de estrangeiros na capital portuguesa, a concentração foi redirecionada para a praça de Camões devido à proibição da Câmara Municipal e a um parecer desfavorável da polícia.
Caminhando com tochas e fogos de artificio, o grupo percorreu o Chiado, uma das áreas mais turísticas da cidade. Apesar do temor de violência, a marcha transcorreu sem grandes incidentes.
A menos de 1 km de distância, organizações de apoio a migrantes e de combate à discriminação promoveram uma contra-manifestação sob a bandeira do combate à xenofobia. Os organizadores estimam a presença de cerca de 3.000 pessoas, enquanto a polícia não divulgou uma estimativa.
A presença de manifestantes, incluindo indivíduos conhecidos na comunidade skinhead e com histórico de envolvimento com grupos neonazistas, alterou a dinâmica no centro lisboeta, com lojistas na região do Martim Moniz relatando um movimento mais fraco que o normal, levando alguns a encerrarem o expediente mais cedo.
Uma petição online contra a realização do ato anti-imigração, originada nas redes sociais, obteve mais de 5 mil assinaturas. Em alguns pontos, manifestantes entoaram frases nazistas e fizeram a famosa saudação alemã à Hitler.
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