Manuela: “Vamos conduzir nosso país pela mão, amorosamente, pelo caminho da paz, do desenvolvimento, da tolerância e da democracia”

Atualizado em 28 de outubro de 2018 às 10:41
Manuela D’Ávila

POR MANUELA D’ÁVILA

Há praticamente um ano fui lançada pelo meu partido pré-candidata à presidência da República. Depois de meses caminhando separados, em agosto, eu e Fernando Haddad, passamos a fazer parte da mesma chapa. Um esforço de unidade para vencer o atraso, o que sempre foi a prioridade para mim e para o meu Partido.

Você esteve comigo neste tempo, pelas ruas e pelas redes. Estivemos juntos, sofremos pelas mesmas coisas, nos emocionamos com os mesmos fatos, dividimos as mesmas esperanças. Talvez nunca tenhamos nos visto, talvez tenhamos trocado uma palavra, um sorriso, um aceno ou um olhar nesses dias cruéis, tensos e, ao mesmo tempo, belos e emocionantes.

Eu quero agradecer o seu apoio. De tudo o que você fez pela nossa campanha, estou especialmente grata pela ajuda em desmentir as mentiras espalhadas pela máquina diabólica das fake news. As mentiras sobre mim atingiram níveis assustadores, reproduziram os sentimentos mais violentos, mobilizaram o que há de mais tétrico no machismo e no sexismo. Obrigada por ter combatido as mentiras com a verdade.

Esses últimos dias, que marcam a nossa arrancada, foram de tirar o fôlego. Entre ontem e hoje ficou claro de modo definitivo que não se trata de uma escolha simples entre dois partidos. Quanta gente tomou as ruas do país para conversar com as pessoas, dialogar, virar votos!

Em um tempo de tanta violência, incompreensão e mentiras, as dezenas de milhares de pessoas que serviram um café para um estranho para bater um papo sobre política fizeram algo de uma dimensão que ainda não podemos calcular. Estou profundamente comovida com isso e cheia de esperança de que este seja o sinal de tempos novos.

Também foi muito importante a adesão de uma série de democratas que fizeram questão de deixar clara a sua divergência com o PT, mas declararam o voto crítico em Haddad.

Notem que foi comum no gesto generoso de tanta gente que deixou divergências de lado para pensar na democracia, o uso da palavra medo.

Isso é para que vejamos o mal que nos espreita. De todas as coisas verdadeiramente tétricas e assustadoras que nosso adversário defende basta lembrarmos dos horrores infinitos da tortura.

A que pontos chegamos: um candidato à presidência que tem como ídolo um monstro….Mas há ainda o racismo, a homofobia, a disposição de entregar nossas riquezas, o machismo, as ameaças explícitas de perseguição dos opositores.

Mas a grande onda democrática que atravessou o Brasil vencerá. Vencerão a tolerância, o espírito democrático, o amor ao próximo. Vencerá o sorriso aberto de quem ofereceu um café e uma conversa, transformando o país, nos últimos dois dias, em uma grande arena da boa política.

Vamos vencer amanhã. E vamos continuar juntos, nos encontrando, pelas redes e pelas ruas. Vamos conduzir nosso país pela mão, amorosamente, pelo caminho da paz, do desenvolvimento, da tolerância e da democracia.