A poucos dias das eleições municipais, o candidato a prefeito de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), fez um forte aceno ao eleitorado bolsonarista. Durante entrevista ao canal digital Revista Timeline, apresentado por Allan dos Santos, o ex-coach declarou apoio à principal bandeira da direita no momento: o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Impeachment e alinhamento com Bolsonaro
Marçal afirmou que foi vítima de uma decisão do ministro Moraes, que, segundo ele, cancelou sua candidatura à presidência da República em 2022: “Nesses últimos dois anos, eu fiquei na minha, mas foi o Alexandre de Moraes que cancelou a minha candidatura para presidente da República em 2022”. A revelação foi feita agora, no final da campanha, com o objetivo de evitar possíveis retaliações jurídicas.
O apoio ao impeachment do magistrado também foi impulsionado por pressões de figuras influentes da direita, como o pastor Silas Malafaia, aliado de Jair Bolsonaro (PL), que questionou publicamente a postura do candidato a prefeito da capital paulista durante a campanha.
Apoio a Bolsonaro e rivalidade com Ricardo Nunes
Apesar do apoio de parte do eleitorado bolsonarista, Marçal enfrenta a concorrência de Ricardo Nunes (MDB), que também disputa os votos da direita e tem o apoio declarado do ex-presidente Jair Bolsonaro. O político do PRTB, porém, afirmou que o ex-mandatário é uma figura insubstituível para a direita.
“Bolsonaro é Bolsonaro. Ele é um mito. O primeiro cara de direita que se sentou na cadeira de presidente da República. A direita do Brasil nunca esteve tão forte. Isso é tentativa de esquerda de fazer divisão”, declarou o candidato durante sua caminhada pelo Brás, em São Paulo.
O ex-coach completou: “A direita vai a partir de agora entrar num processo de exponencialização com novos líderes. Eu estou aqui porque o Bolsonaro provou que tem como. Bolsonaro é o movimento, ninguém tira isso dele. Diferente da esquerda, a direita não tem dono”.
Recuperação de lesão e debate da Globo
Marçal, que teve a mão direita imobilizada por quatro semanas após um incidente com o apresentador José Luiz Datena (PSDB), retirou o gesso hoje. No último debate da Globo, ele foi criticado pela candidata Tabata Amaral (PSB), que insinuou que o gesso era “cenográfico”. Ele, então, rebateu com ironia: “A doutora Tabata de Harvard falou que eu podia tirar, eu tive que tirar”.
Além disso, o candidato aprovou o formato do debate, mas fez críticas a Guilherme Boulos (PSOL), afirmando que ele deveria ter sido advertido por mostrar o resultado de um exame toxicológico durante a transmissão. Marçal tem atacado Boulos durante toda a campanha, acusando-o, sem provas, de uso de drogas.
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