Marçal cai e Nunes cresce entre eleitores de Bolsonaro, aponta Datafolha

Atualizado em 19 de setembro de 2024 às 17:48
Os bolsonaristas Pablo Marçal e Ricardo Nunes. Foto: reprodução

A pesquisa do Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (19) revela que os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seguem divididos entre Pablo Marçal (PRTB) e Ricardo Nunes (MDB). O ex-coach aparece com 41% das intenções de voto entre os bolsonaristas, enquanto o prefeito está logo atrás, com 40%. Na pesquisa anterior, realizada uma semana antes, Marçal tinha 42%, e Nunes, 39%. A margem de erro para esse segmento específico é de cinco pontos percentuais.

Os candidatos disputam voto a voto entre os eleitores de extrema-direita, especialmente aqueles que se identificam com os valores e bandeiras bolsonaristas de forma mais enfática. Marçal é visto como quem representa melhor o bolsonarismo, já Nunes, apesar de contar com o apoio oficial do ex-presidente, enfrenta desconfiança de parte desse eleitorado quanto à sua lealdade ao campo conservador.

Em agosto, o ex-coach chegou a ultrapassar o emedebista com folga entre os eleitores de extrema-direita, alcançando 48% em meados de setembro, enquanto Nunes recuou para 31%.

O crescimento de Marçal foi impulsionado por sinais indiretos de apoio vindos de Bolsonaro, que evitou críticas diretas ao influenciador, preservando-o de ataques do público bolsonarista.

Pablo Marçal e Jair Bolsonaro. Foto: reprodução

Desde então, o prefeito vem se recuperando nesse eleitorado, especialmente após sua participação no ato de 7 de Setembro, enquanto Marçal foi criticado por ter chegado ao evento apenas no final.

Além disso, o apoio do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) tem sido crucial para o prefeito, que tem utilizado a propaganda eleitoral para reforçar sua imagem como conservador e advertir que um voto em Marçal pode ser arriscado.

“Esse voto em Marçal é um risco para o futuro de São Paulo”, afirmou Tarcísio em uma recente aparição na TV ao lado de Nunes. O governador, que foi eleito com apoio maciço do bolsonarismo, tem atuado como principal cabo eleitoral para a reeleição na capital.

Em contrapartida, o ex-coach tem adotado um discurso mais agressivo, buscando consolidar seu espaço entre os bolsonaristas. Recentemente, ele foi alvo de ataques dos adversários, que aproveitaram para ressaltar um episódio de condenação do influenciador em 2010 por furto qualificado, além de reportagens que ligam membros do PRTB, seu partido, ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

Entre os eleitores que apoiaram Tarcísio de Freitas em 2022, Nunes manteve a liderança. O prefeito oscilou de 42% para 43%, enquanto Marçal registrou uma pequena variação, de 36% para 37%.

Ricardo Nunes e Tarcísio de Freitas. Foto: Ronaldo Silca/Estadão

Já no campo da esquerda, Guilherme Boulos (PSOL) segue como o favorito entre os eleitores de Lula (PT), com 48% das intenções de voto, e entre os que votaram em Fernando Haddad (PT) para governador, onde lidera com 53%.

O levantamento, realizado entre terça-feira (17) e quinta-feira (19), entrevistou 1.204 moradores de São Paulo e foi contratado pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo, com margem de erro geral de três pontos percentuais. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número SP-03842/2024.

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