Marçal processa Datena e pede indenização de R$ 100 mil após cadeirada

Atualizado em 27 de setembro de 2024 às 6:41
Datena dá “cadeirada” em Pablo Marçal durante debate; ex-coach pede indenização de R$ 100 mil. Foto: Reprodução

O empresário Pablo Marçal (PRTB) entrou com uma ação judicial contra José Luiz Datena (PSDB), solicitando uma indenização de R$ 100 mil por danos morais devido à cadeirada que o apresentador de TV deu no ex-coach durante o debate da TV Cultura entre os candidatos à prefeitura de São Paulo, realizado no último dia 15, conforme informações da colunista Malu Gaspar, do Globo.

Na ocasião, Marçal provocou Datena, perguntando quando ele desistiria de sua candidatura e pararia com a “palhaçada”. O influenciador também acusou Datena de assédio e o chamou de “arregão”, o que acabou desencadeando a reação agressiva do apresentador.

No documento apresentado ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) nesta quinta-feira (26), o coordenador jurídico da campanha de Marçal, Paulo Hamilton Siqueira Junior, alegou que a agressão foi premeditada e causou “efeitos devastadores” tanto na esfera moral quanto física e psicológica do candidato, além de promover “constrangimento e humilhação pública”.

De acordo com os advogados de Marçal, ele sofreu uma fratura no sexto arco costal e uma lesão no punho direito, além de ter sua imagem pública abalada.

Na ação, a defesa também acusa Datena de “uso da força bruta para silenciar um adversário político” e de “afronta ao processo democrático”, comprometendo a integridade do debate público, a segurança dos demais candidatos e o direito do eleitorado de acompanhar discussões eleitorais baseadas em respeito mútuo e troca de ideias.

Essa é a segunda ação movida pela campanha de Marçal contra Datena em razão da cadeirada. Na semana anterior, os advogados do ex-coach apresentaram uma notícia-crime à Justiça Eleitoral contra Datena, pedindo investigação e punição por injúria, mas sem mencionar a cassação do registro de candidatura.

Logo após o debate, Marçal declarou que pretendia entrar com um pedido de cassação do registro de Datena, porém sua equipe desistiu da iniciativa ao concluir que a agressão não configurava uma violação prevista na lei eleitoral.

Datena, por sua vez, já abriu oito processos contra Marçal, alegando “agressões à honra e acusações verbais” durante o debate. Eduardo Leite, advogado de Datena, defende que a cadeirada foi um ato de legítima defesa e planeja comprovar isso no processo. Ele também anunciou que entrará com novas ações por dano moral, incluindo pedidos de indenização contra Marçal.