Marçal rejeita vacinação de crianças e promete investir no negacionismo se virar prefeito

Atualizado em 31 de agosto de 2024 às 17:25
Pablo Marçal. Foto: Divulgação

Francisco Cardoso, coordenador da área de saúde no programa de governo de Pablo Marçal (PRTB), anunciou que uma eventual administração de Marçal na Prefeitura de São Paulo adotará uma política voltada à “liberdade individual” no que diz respeito à vacinação.

A proposta, segundo ele, permitirá que os cidadãos escolham se desejam se vacinar, inclusive pais que optem por não imunizar seus filhos em idade escolar, apesar da exigência de apresentação de certificado de vacinação para matrículas na rede estadual de ensino.

“Liberdade individual é um eixo central na nossa campanha”, afirmou Cardoso ao Painel da Folha de S.Paulo. A proposta busca priorizar a escolha pessoal sobre a vacinação, rejeitando a obrigatoriedade imposta.

Durante a pandemia de Covid-19, Cardoso se posicionou contra sanções para quem se recusasse a tomar a vacina e também apoiou o uso da cloroquina, um medicamento controverso na luta contra o coronavírus. Apesar dessas posições, ele nega ser antivacinas e afirma que, se eleito, Marçal continuará promovendo campanhas de imunização. “O brasileiro ama a vacina, só não pode ser obrigado a tomá-la”, defendeu Cardoso.

Francisco Cardoso e Pablo Marçal. Foto: Divulgação

Cardoso, que é delegado do Conselho Regional de Medicina de São Paulo e recentemente eleito para o Conselho Federal de Medicina, foi convidado por Filipe Sabará, coordenador do programa de governo de Marçal, para liderar a área de saúde. Embora já acompanhasse Marçal nas redes sociais, Cardoso não o conhecia pessoalmente antes do convite.

O documento programático de Marçal, registrado no TSE, já inclui diretrizes para a área da saúde, e Cardoso revelou que o texto está sendo atualizado. Entre as principais metas estão a digitalização das informações dos pacientes e a criação de um prontuário único para simplificar o atendimento.

“A orientação do candidato é fazer tudo que estiver ao alcance para garantir um atendimento de qualidade e eficiente. Se necessário, a prefeitura vai contratar leitos ociosos ou pagar passagens para levar pacientes para atendimento em outros municípios”, explicou Cardoso.

Além disso, Cardoso destacou a possibilidade de ampliar as terceirizações na saúde com a contratação de Organizações Sociais (OSs), bem como a construção de novos hospitais e equipamentos de saúde. No entanto, esses planos dependerão de um diagnóstico mais aprofundado da equipe responsável pela elaboração do texto programático.

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