A Marinha brasileira mantém sigilo sobre a composição de sua cúpula, conhecida como Almirantado, sem informar publicamente que o almirante Flávio Rocha, ex-secretário do Planalto no governo Bolsonaro, faz parte desse colegiado. Apesar de seu nome não estar presente no site oficial da Marinha, fontes internas confirmaram essa inclusão ao site Metrópoles. A falta de transparência da Marinha levantou questionamentos, especialmente em meio a recentes revelações sobre um suposto plano golpista após a derrota eleitoral de Bolsonaro.
Recentemente, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-auxiliar de Jair Bolsonaro, fez parte de uma delação premiada junto à Polícia Federal, na qual alegou que o então comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, demonstrou apoio à proposta de Bolsonaro para seguir com um plano golpista após a derrota nas eleições.
Até o momento, Garnier não se pronunciou sobre o assunto, e a compreensão da composição do Almirantado é crucial para investigar se ele teve apoio dentro da cúpula militar. No site da Marinha, não há qualquer menção à formação do Almirantado, apenas uma página intitulada “Relação de autoridades”, com o nome do comandante e de diretores da Marinha.
O Metrópoles fez três pedidos formais de informações à assessoria de imprensa da Marinha, buscando detalhes sobre a composição atual do Almirantado, bem como sua formação em novembro do ano passado, período mencionado nas acusações de Mauro Cid.
Até o momento, a Marinha não respondeu a essas perguntas de maneira completa, limitando-se a emitir uma nota oficial negando irregularidades. A falta de transparência em relação a figuras-chave como Flávio Rocha gera preocupações sobre a prestação de contas e a transparência na instituição militar.
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