O adolescente de 13 anos que matou nesta segunda-feira (27) a professora Elizabeth Tenreiro e feriu outras cinco pessoas na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, na zona oeste de São Paulo, vestia uma máscara de caveira semelhante à usada em outros dois ataques em escolas no Brasil. Com informações da CNN Brasil.
A vestimenta de caveira foi utilizada nos atentados contra escolas em Aracruz, no Espírito Santo, e em Suzano, na Grande São Paulo.
Em novembro do ano passado, um atirador de 16 anos invadiu duas escolas na cidade de Aracruz, matando quatro pessoas e ferindo outras dez. Ele utilizava um uniforme militar e uma máscara de caveira.
Além desse episódio, em 13 de março de 2019, dois ex-alunos da Escola Estadual Professor Raul Brasil, de Suzano, invadiram a escola naquela manhã e abriram fogo durante o horário de intervalo.
Entre as vestimentas dos atiradores estavam máscaras cobrindo o rosto com estampa de caveira. O massacre deixou dez mortos, incluindo os dois atiradores, e outros 11 feridos.
A bandana preta com a estampa de caveira desenhada, tampando a boca e o nariz, é símbolo de movimentos supremacistas nos Estados Unidos. O acessório é marca registrada da Divisão Atomwaffen, uma organização neonazista terrorista fundada em 2015.
Essa rede de extrema-direita costuma recrutar jovens, muitos deles usuários de games, o que teria contribuído para a difusão do adereço entre jogadores atraídos por discursos nazistas.
A plataforma de jogos online Steam, até alguns anos atrás, hospedava um grupo que também se chamava Atomwaffen Division.