Mauro Cid, ex-auxiliar de confiança do ex-presidente Jair Bolsonaro, compareceu ao Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde de quarta-feira (6) para formalizar sua decisão de colaborar com as autoridades, em um gesto voluntário de sua parte. A informação foi divulgada pelo G1.
O encontro ocorreu no gabinete do ministro Alexandre de Moraes, onde o juiz Marco Antônio conduziu uma audiência com Mauro Cid e seu advogado. O objetivo era verificar a genuína intenção de Mauro Cid de realizar uma delação junto à Polícia Federal (PF) e assegurar que ele não foi coagido.
Agora, cabe ao ministro Alexandre de Moraes decidir se homologa ou não o acordo de delação proposto, após manifestação do MPF.
Durante os últimos 20 dias, Mauro Cid prestou depoimentos à PF.
O ex ajudante de ordens está sendo acusado de diversas atividades ilícitas, incluindo a suposta tentativa de introduzir joias, recebidas pelo governo Bolsonaro como presente da Arábia Saudita, de maneira irregular no Brasil.
Além disso, há suspeitas de seu envolvimento na venda ilegal de presentes oferecidos ao governo Bolsonaro por delegações estrangeiras durante viagens oficiais, bem como suposta participação em uma fraude relacionada às carteiras de vacinação de Bolsonaro e de sua filha de 12 anos.
Outras acusações incluem seu suposto envolvimento nas negociações ligadas a uma possível invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pelo hacker Walter Delgatti Neto, com o objetivo de desacreditar o sistema judiciário brasileiro, e discussões sobre um possível golpe de estado.
Até o momento não houve um posicionamento ou resposta por parte da defesa de Mauro Cid.