Mayra Pinheiro, a ‘Capitã Cloroquina’, é demitida do Ministério da Saúde

Atualizado em 14 de fevereiro de 2022 às 11:15
Jair Bolsonaro e Mayra Pinheiro
Jair Bolsonaro e Mayra Pinheiro.
Foto: REPRODUÇÃO/ FACEBOOK

Na manhã desta segunda-feira (14), a médica Mayra Pinheiro foi exonerada do cargo de Secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, do Ministério da Saúde. Ela ficou conhecida na pandemia como “Capitã Cloroquina”, por defender o uso de medicamentos ineficazes para tratamento da Covid-19.

Segundo o Diário Oficial da União, Pinheiro será transferida para o Ministério do Trabalho, onde assumirá o cargo de Subsecretária da Perícia Médica Federal da Secretaria de Previdência.

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Capitã Cloroquina foi alvo da CPI da Covid

Mayra foi responsável por coordenar ações do Ministério da Saúde para difundir o uso da cloroquina no Amazonas. Em seu depoimento à comissão, ela admitiu que o órgão recomendou medicamentos sem eficácia comprovada para tratar a Covid-19.

Em outros depoimentos, veio à tona que Mayra Pinheiro defendeu o uso do remédio dias antes do colapso por falta de oxigênio em Manaus, e chegou a oferecer ajuda ao governo de Portugal para usar o remédio contra o vírus.

Ela também promoveu o TrateCov, página na internet que orientava a administração de cloroquina e antibióticos até para dor de barriga de bebê.

Mayra Pinheiro atuou contra vacinação de crianças

Com aval da família Bolsonaro, a Capitã Cloroquina fez campanha nas redes sociais contra a vacinação de crianças.

Ela publicou no Instagram um texto dizendo que “não pode aceitar passivamente que crianças façam parte de um experimento científico motivado por ativismo político e interesse comercial”.

Mayra ainda chamou o imunizante de “experimento” e disse que os estudos da vacina em crianças “não têm boa qualidade metodológica”.

O post foi republicado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

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