O McDonald’s entrou com um processo contra as quatro maiores empresas de processamento de carne dos Estados Unidos, alegando que as companhias conspiraram para elevar o custo da carne moída.
A questão que surge é por que os preços de itens básicos, como carne e ovos, continuam elevados, mesmo com a desaceleração da inflação. Há cada vez mais evidências de que os preços de bens mais populares subiram mais rápido do que as opções “premium”, fenômeno conhecido como “inflação da promoção”.
Comprdores que optam por promoções para economizar dinheiro colhem menos benefícios, segundo Alberto Cavallo, professor de Harvard e coautor de um estudo que analisou dados de preços de alimentos em grandes lojas para documentar “a inflação da promoção” em 10 países, incluindo os EUA.
Para 58% dos consumidores, as grandes empresas estão aproveitando a inflação para aumentar os preços, de acordo com uma pesquisa do FT-Michigan Ross.
Segundo o McDonald’s, o preço médio de um Big Mac aumentou 21% desde 2019.
Empresas e grupos empresariais, por outro lado, alegam que o aumento de preços é resultado de desequilíbrios de oferta e demanda durante a pandemia de Covid-19, além de custos trabalhistas e tensões geopolíticas.
O McDonald’s afirma que a Cargill, JBS, National Beef e Tyson Food juntas controlam até 85% do gado pronto para o mercado e agem em conjunto para manter os preços de insumos baixos e a oferta total para aumentar seus lucros. Nos últimos anos, várias redes de restaurantes, supermercados e distribuidores de alimentos também processaram essas quatro grandes empresas pelo preço da carne.