Nesta quinta-feira (31), a Polícia Federal (PF) enviará inquérito ao SFT que apura se o pastor Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação, favoreceu outros pastores na distribuição de verbas da pasta. O Supremo decidirá em que instância o inquérito tramitará, já que Ribeiro perdeu o foro privilegiado ao deixar o governo.
A investigação, autorizada pela ministra Cármen Lúcia no dia 24, tem apenas uma semana de duração. A PF informou ao Supremo sobre essa apuração na última sexta-feira (25/3). Três dias depois, na segunda-feira (28/3), Milton Ribeiro pediu demissão do Ministério da Educação.
Com isso, o ex-ministro perde a prerrogativa de ser investigado no âmbito do Supremo, e o inquérito tende a descer de instância judicial. Uma das hipóteses é que o caso passe para a Justiça Federal.
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Irregularidades do MEC
De acordo com o apurado pelo jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, em outra investigação que já não tinha pessoas com foro privilegiado, a PF também averigua supostas irregularidades no Ministério da Educação. Os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura são suspeitos de ter cobrado propina para destravar recursos no órgão federal.
O caso segue com novos personagens à tona. Na semana passada, em São Paulo, o dirigente do Avante, José Edvaldo Brito, afirmou que havia denunciado a Ribeiro o esquema de propina dos dois pastores. Também há suspeitas em Goiás: o pastor Arilton pediu a emissão de passagens aéreas para servidores da prefeitura de Goiânia, governada por outro pastor, participarem de um evento do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), alvo das denúncias.