Mads Gilbert, um médico que já trabalhou no Hospital al-Shifa, em Gaza, disse à Al Jazeera que existem formas “bastante sofisticadas” destinadas a coordenar e proteger os comboios médicos que se deslocam pela cidade.
Suas declarações foram posteriores aos ataques promovidos pelas forças israelenses contra veículos que transportavam vítimas palestinas da guerra, que matou pessoas e danificou ambulâncias.
“Estive em comboios indo de al-Shifa até Rafah para ir ao Egito com feridos e vi que apesar de estarmos coordenados com a Cruz Vermelha Internacional e de termos carros de escolta na frente e atrás, fomos baleados e tivemos que regressar”, disse Gilbert, que esteve em Gaza durante os bombardeios israelenses de 2006, 2009, 2012 e 2014.
“É uma experiência assustadora ter a responsabilidade de levar um paciente, talvez intubado, talvez num ventilador, gravemente ferido e você se sente exposto, esperando que a decência e as leis internacionais o protejam”, disse ele. “Não é assim em Gaza, nem com as ambulâncias palestinas. Já vimos isso muitas vezes.”
“Este é apenas o mais recente de uma longa série de ataque extremamente cínicos e brutais do exército israelense a pacientes, a profissionais de saúde, a ambulâncias e a hospitais”, disse ele.