Médico e advogado sanitarista explica liberação da Sputnik V: “Foram apresentados vários documentos novos”

Atualizado em 5 de junho de 2021 às 15:33
Enfermeira prepara vacina russa Sputnik V contra Covid-19 para aplicação em Moscou
Foto: Tatyana Makeyeva/Reuters (17.set.2020)

O médico e advogado sanitarista Daniel Dourado foi às redes sociais, neste sábado (05), para explicar a liberação da vacina Sputnik V contra Covid-19.

VEJA TAMBÉM – Brasil torna-se o 67º país a aprovar a vacina “Sputnik V”

Em nota, Dourado diz que “vacinas como Pfizer e Fiocruz só foram aprovadas pelo procedimento acelerado criado por causa da pandemia”.

Confira abaixo na íntegra:

“Ah, a Anvisa não aprovou a Sputnik antes e aprova agora sem ter mudado nada”. Falso. Foram apresentados vários documentos novos, incluindo relatório técnico da autoridade regulatória russa.

Sim, o pedido anterior foi feito sem relatório de avaliação pelo Ministério da Saúde da Federação Russa para o registro da vacina. Não tinha, agora teve. Entre outros dados adicionais.

Vale lembrar que a manifestação anterior da Anvisa foi feita em reunião extraordinária em data definida por decisão do STF. O processo ainda não estava pronto. A Anvisa pediu prazo, mas o STF não concedeu, porque consta na nova lei que tem que ter alguma manifestação em 30 dias.

A maioria das pessoas está conhecendo agora a Anvisa. Cabe dizer, em situação normal, nenhuma dessas vacinas teria sido aprovada nessas condições. Mesmo as já registradas (Pfizer e Fiocruz) só foram pelo procedimento acelerado criado por causa da pandemia. Não tem atraso aí.

https://twitter.com/dadourado/status/1400940835068432397