Médicos executados: O “milagre” da polícia do RJ. Por Jeferson Miola

Atualizado em 6 de outubro de 2023 às 11:22
Médicos Marcos de Andrade Corsato, Perseu Ribeiro Almeida, Diego Ralf Bonfim e Daniel Sonnewend Proença foram alvo de ataque a tiros no Rio — Foto: Reprodução

É espantosa a velocidade com que a polícia do Rio chegou às conclusões sobre a bárbara execução dos três médicos na Barra da Tijuca.

Para uma polícia que há mais de 5 anos ainda não conseguiu esclarecer os assassinatos de Marielle Franco e Anderson Torres, é um avanço surpreendentemente espantoso. Uma proeza e tanto.

Cobertura da imprensa do caso dos médicos mortos no RJ. Fotomontagem

Qual das duas hipóteses é verdadeira:

1] que a lerda, ineficiente e inconfiável polícia do Rio entrou em “modo hipersônico”, como o Senado, que aprovou emenda à Constituição em 42 segundos;

ou

2] que é mais uma grande armação das estruturas policiais corruptas para desviar a atenção, ocultar a motivação real dos assassinatos e proteger os implicados.

A apuração serena e rigorosa pode levar a qualquer conclusão sobre o crime, inclusive de motivação política ou de um engano de alvo, mas é difícil acreditar que a polícia do Rio tenha conseguido chegar a conclusões tão peremptórias em menos de 24 horas do crime.

Seria um verdadeiro milagre.

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