A principal linha de investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro sobre o assassinato brutal de três médicos em um quiosque na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade, na madrugada desta quinta-feira (5), é a possibilidade de que as vítimas tenham sido mortas por engano.
Segundo a TV Globo, a polícia trabalha com a hipótese de que o alvo, na verdade, era o filho de um miliciano da região de Jacarepaguá que se parece com uma das vítimas, o médico Perseu Ribeiro Almeida.
Os criminosos deram 33 tiros nos homens e saíram do locam em 30 segundos. Entre os mortos, encontra-se Diego Bomfim, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP). Todas as vítimas eram de São Paulo.
Em julho, Sâmia contou em um podcast que é, constantemente, vítimas de ameaças. As promessas de crimes contra ela também são direcionadas aos parentes: “Recebo e-mails, uma vez por mês, a cada 15 dias, com ofensas horrorosas, dizendo que vai me matar e matar a minha família das formas mais horríveis, e sempre com requintes de crueldade”.
O ataque ao quiosque que deixou três médicos mortos e um ferido na Barra da Tijuca. pic.twitter.com/61NFjJWAbJ
— O Globo_Rio (@OGlobo_Rio) October 5, 2023
De acordo com os investigadores, o crime não teve um planejamento prévio. Os criminosos teriam recebido uma informação dando a localização da suposta vítima, decidindo agir na mesma hora.
A Polícia Civil está agora concentrada na busca pelo veículo utilizado pelos suspeitos, acreditando que este pode conter vestígios das digitais dos criminosos. As autoridades policiais de São Paulo também estão cooperando com as autoridades do Rio de Janeiro para traçar o histórico de cada médico, com o objetivo de determinar se algum deles poderia ser o alvo específico desse ataque cruel.
Neste estágio inicial das investigações, as autoridades estão priorizando a busca por evidências que possam esclarecer a motivação por trás do atentado.
A hipótese de tentativa de assalto está quase descartada, uma vez que testemunhas relataram que o ataque foi repentino e sem aviso. Até o momento, as autoridades não identificaram roubo de pertences das vítimas. Também é perceptível a intenção que todos morressem, uma vez que os criminosos voltaram na direção das vítimas para certificarem-se de que eles não se moviam mais após os tiros.
As investigações estão sob responsabilidade da Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro, com auxílio da Polícia Federal e da Polícia Civil de São Paulo, buscando desvendar as circunstâncias e a motivação por trás desse ataque chocante.