Medo? Bolsonaro teme avanço de Moraes logo após ato na Paulista (SP); entenda

Atualizado em 22 de fevereiro de 2024 às 11:17
Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes. Foto: reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teme possíveis desdobramentos após a manifestação convocada para o próximo domingo na Avenida Paulista, em São Paulo (25). Segundo fontes próximas ao ex-capitão, há receio de que ele seja alvo de uma nova operação da Polícia Federal (PF), ordenada pelo ministro Alexandre de Moraes já na segunda-feira, conforme informações do colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles.

Sob essa perspectiva, a possível ação seria uma “resposta” ao evento em São Paulo, que visa confrontar supostas decisões arbitrárias do Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente de Moraes. Bolsonaro afirma que deseja mostrar “uma fotografia para o mundo” sobre “o que acontece no Brasil” durante o protesto.

Vale destacar que um dia após a “superlive” realizada pelo ex-mandatário em Angra dos Reis (RJ), o magistrado determinou uma operação de busca e apreensão na casa de praia da família Bolsonaro. Isso gera a expectativa de uma nova ação da PF imediatamente após a manifestação em São Paulo.

Deputados próximos a Bolsonaro observam um “empenho extra” de Moraes em punir militares e civis que trocaram mensagens para supostamente viabilizar um golpe de Estado. Nos diálogos interceptados em telefones apreendidos, o próprio ministro é alvo preferencial dos investigados.

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Bolsonaro e Moraes. Foto: reprodução

Parlamentares extremistas chegaram a discutir um plano para prender Moraes como parte de uma intervenção no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Contudo, a trama não encontrou respaldo nem na própria cúpula do PL, partido de Bolsonaro e liderado por Valdemar Costa Neto.

Além das controvérsias sobre as urnas eletrônicas, o entorno de Bolsonaro critica as decisões de Moraes, como presidente do TSE, que supostamente teriam beneficiado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao longo do processo eleitoral.

Recentemente, ao convocar seus apoiadores para o evento, Bolsonaro pediu que não levassem faixas e cartazes à Avenida Paulista, numa estratégia para evitar amplificar o atrito com o STF e Moraes, principal alvo do protesto e responsável por inquéritos que podem resultar em novas condenações para Bolsonaro.

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