A Polícia Federal (PF) tomou uma ação decisiva no caso envolvendo a família Bolsonaro, fornecendo ao advogado Frederick Wassef, um HD contendo a cópia dos dados extraídos de seus quatro celulares apreendidos há dois meses. A informação foi divulgada pela colunista Bela Megale, do jornal O Globo.
A entrega dessa cópia permite à PF iniciar a análise e perícia dos aparelhos, uma etapa crucial no desenrolar da investigação. Anteriormente, os investigadores haviam apenas extraído o conteúdo dos telefones, sem autorização judicial para criar um relatório baseado nesses dados.
Wassef tinha um aparelho exclusivo para falar com o clã Bolsonaro, em especial, seus clientes, o senador Flávio Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em agosto, o advogado da família foi alvo de uma busca realizada pela PF, resultando na apreensão de quatro dispositivos eletrônicos em sua posse.
O causídico reconheceu ter adquirido um relógio Rolex por US$ 50 mil nos Estados Unidos, em uma transação realizada por assessores de Bolsonaro e envolvendo irregularidades.
O zelo em relação a esses dados é justificado pelo fato de que, como advogado, ele tem direito ao sigilo de suas comunicações com os clientes. Toda a operação referente a essas informações contou com a supervisão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para garantir o respeito aos direitos do profissional.
O laudo pericial produzido pela PF abrangerá todos os aspectos da análise. Posteriormente, a entidade avaliará se a análise se concentrou exclusivamente nos elementos relacionados à investigação em curso.
A apreensão dos celulares suscita preocupações sobre possíveis revelações acerca dos contatos próximos que o advogado mantinha com personalidades proeminentes do Judiciário, que ganharam notoriedade durante a gestão de Bolsonaro. Isso levanta questionamentos sobre a frequência e o teor das conversas entre Wassef e essas figuras de destaque.
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