O tenista russo Daniil Medvedev, atual número 1 do mundo, pode ser impedido de competir em Wimbledon, a menos que ele condene a guerra na Ucrânia e forneça garantias públicas de que não é um apoiador do presidente Putin.
O ministro dos Esportes britânico, Nigel Huddleston, cobrou de todos os atletas russos e bielorrussos garantias de que não estão ligados a seus respectivos Estados. Em uma audiência do comitê de seleção digital, cultura, mídia e esporte, ele comentou que o governo só permitiria que atletas individuais da Rússia ou Bielorrúsia competissem em eventos no Reino Unido se receberem tais garantias.
“Muitos países ao redor do mundo concordaram que não permitamos que representantes da Rússia compitam. Ninguém que defende a bandeira da Rússia deve ter permissão para jogar. Precisamos de garantias de que eles não são partidários de Vladimir Putin. Estamos considerando quais requisitos podemos pedir para tentar obter garantias nesse sentido”, disse Huddleston.
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O apoio de Medvedev
Huddleston disse que queria “garantias” diretas de que jogadores como Medvedev estavam felizes em denunciar as ações de Putin e a promoção da bandeira russa.
“Estamos analisando essa questão do que fazemos com os indivíduos e estamos pensando nas implicações disso. , porque eu não acho que as pessoas aceitariam indivíduos muito claramente hasteando a bandeira russa, em particular, se houver algum apoio a Putin e seu regime”, acrescentou.
Já Steve Simon, chefe da turnê feminina, anunciou que não apoiará a proibição de jogadores russos ou bielorrussos da competição, com atletas dos dois países jogando atualmente como neutros, sem menção de seu país ou bandeira.
Medvedev subiu para o primeiro lugar no ranking mundial masculino no mês passado, embora deva perder o primeiro lugar para Novak Djokovic após uma derrota na terceira rodada em Indian Wells na segunda-feira.