A campanha de Jair Bolsonaro (PL) se mostra cada vez mais desanimada com os resultados das pesquisas, segundo a jornalista Bela Megale, do Globo. Integrantes do QG bolsonarista disseram estar “perdidos” e “sem estratégias”, conforme se aproxima o dia das eleições.
Parte da equipe tem reclamado que o presidente contraria os conselhos dos auxiliares e não consegue furar sua bolha de eleitores. Muitos aliados consideraram frustrada a tentativa de ampliar o diálogo por meio das agendas internacionais em Londres e Nova York.
Outra queixa de membros da campanha é a falta de estrutura. Eles se queixam de não poderem cuidar de questões operacionais e investir em materiais de maior qualidade para TV e redes sociais.
A arrecadação abaixo do esperado é atribuída à operação da Polícia Federal contra oito empresários bolsonaristas, que defenderam em um grupo de Whatsapp um golpe de Estado, caso o ex-presidente Lula (PT) vença as eleições. Para membros da campanha, a ação teria criou um “temor geral” entre donos de empresas de se tornarem alvos de investigação ao doar para Bolsonaro.
A campanha também está preocupado com as pesquisas. Mesmo com o discurso de descredibilizá-las e apostar no “Datapovo”, os aliados de Bolsonaro temem que os levantamentos mostram Lula na liderança ajudem a criar uma onda a favor do petista faltando menos de duas semanas para as eleições. Eles não estão com medo, porém, de uma derrota no primeiro turno, apesar de o DataFolha e o Ipec indicarem essa possibilidade.