Mercadante diz a Prates que Lula o sondou para a Petrobras

Atualizado em 5 de abril de 2024 às 8:17
Lula com Aloízio Mercadante e Jean Paul Prates. Foto: reprodução

O presidente do BNDES e ex-ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, teve um encontro pessoal com o presidente da Petrobras, João Paul Prates, no Rio de Janeiro. A conversa, que ocorreu na quarta-feira (3), girou em torno da sucessão na empresa.

Segundo informações do G1, Mercadante informou a Prates que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o abordou sobre a possibilidade de assumir a Petrobras, caso o atual presidente da estatal não possa mais permanecer no cargo.

Prates enfrenta uma disputa com membros do Conselho de Administração da Petrobras e com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. O conflito abrange várias questões, incluindo o pagamento de dividendos extraordinários, que agravou a relação conturbada entre Prates e Silveira.

Devido à proximidade geográfica das sedes do BNDES e da Petrobras no Rio de Janeiro, o contato entre Mercadante e Prates tem sido mais frequente recentemente.

Mercadante não confirmou a Prates que Lula tenha feito o convite, mas mencionou que o presidente o sondou sobre o assunto. Apesar de Mercadante expressar sua relutância em assumir a Petrobras, pessoas próximas a ele consideram improvável que o ex-ministro recuse o convite de Lula.

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Aloízio Mercadante e Jean Paul Prates. Foto: reprodução

Mercadante também sugeriu a Prates que procurasse Lula e conversasse com ele o quanto antes. Prates tentou agendar um encontro com o presidente, mas ainda não conseguiu confirmar a agenda.

Fontes do Palácio do Planalto indicam que Lula está preocupado com o embate entre Prates e o ministro Alexandre Silveira. Servidores do Planalto afirmam que nos próximos dias o presidente deve chegar a uma decisão final, possivelmente optando pela saída de Prates da Petrobras.

Se essa mudança realmente acontecer, será uma evidência de que Lula interveio a favor de Silveira na disputa. Isso porque as visões do ministro sobre os rumos da empresa estão mais alinhadas com as do presidente. Ambos entendem que a Petrobras deve promover políticas públicas importantes para o governo.

As tensões entre Prates e Silveira também envolvem discussões sobre investimentos na empresa, preços dos combustíveis, e o setor de gás, entre outros assuntos.

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