Merval Pereira, porta-voz da Globo, abriu o jogo nesta sexta, 15, sobre o desespero do grupo por uma “terceira via” ou algo que o valha. “É preciso uma liderança para quebrar polarização”, diz o título de sua coluna.
“Se essa toada continuar, petistas e bolsonaristas disputarão eleição em 2026”. Até agora, não pintou. Mas nada impede que Merval e cia. não inventem alguém, como fizeram com Collor, Aécio e o analfabeto funcional Sergio Moro.
Simone Tebet, a aposta em 2022, flopou, aderiu à campanha de Lula e hoje é ministra do Planejamento e Orçamento.
“A pesquisa Datafolha não surpreende porque não aconteceu nada de novo além da disputa de Lula e Bolsonaro. E digo isso porque, para quem é bolsonarista, nada do que está sendo apontado contra Bolsonaro cola”, diz ele. “Nada aconteceu, Bolsonaro está sendo perseguido. É a mesma coisa com os lulistas; nada mexe com eles com relação aos erros do governo Lula e do PT”.
Prossegue o velho Merval em sua ladainha:
Essa situação só se alterará se as pessoas que se disseram de centro na pesquisa – 21%, e é um bom começo – tiverem representatividade e lideranças que possam dar alternativas a essa polarização. (…)
Se continuar nessa toada, o candidato do grupo dele vai disputar com o PT a reeleição do Lula, ou a tentativa de eleger Haddad presidente. E o centro, que votou majoritariamente em Lula porque considerou perigosa a reeleição de Bolsonaro, vai decidir de novo.
Temos que ver o que vão achar do governo Lula, cuja avaliação está meio a meio – 38% de aprovação, 31% de reprovação. Lula tem vantagem por estar no governo e temos que esperar para ver. E ficar atentos para denunciar qualquer desvio de qualquer lado, observando como as coisas vão se desenrolar e esperando que surja alguém para quebrar essa polarização, que não faz bem ao Brasil. Serve aos dois, mas não é boa para o país.