O Rio Grande do Sul e Santa Catarina podem registrar nesta quinta-feira (2) casos de microexplosão, que é quando uma intensa corrente de vento se desprende da nuvem de tempestade em direção ao solo. O forte impacto pode causar estragos.
O meteorologista Marcelo Schneider, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), disse ao Jornal Nacional, da TV Globo, que houve uma microexplosão em Santa Cruz do Sul (RS) no último sábado (27). Esse fenômeno ocorre quando há grande diferença de temperatura e mudança na direção dos ventos.
O Rio Grande do Sul também decretou estado de calamidade pública devido aos “eventos climáticos de chuvas intensas” na última quarta-feira (1º), conforme publicado em uma edição extraordinária do Diário Oficial do Estado.
Os temporais já resultaram em 10 mortes, 21 pessoas desaparecidas e 11 feridas, de acordo com informações divulgadas pela Defesa Civil. O último boletim revela que 4,4 mil habitantes estão desalojados e desabrigados em todo o estado.
O decreto destaca que o RS está enfrentando chuvas intensas, alagamentos, granizo, inundações, enxurradas e vendavais de grande intensidade, classificados como desastres de Nível III, o que acarreta em danos e prejuízos consideráveis.
O governador Eduardo Leite (PSDB) destacou que o temporal que assola a região desde segunda-feira (29) será “o maior desastre do estado”, comparando a situação com as tragédias ocorridas em 2023, que resultaram na morte de dezenas de pessoas.
“Nós não teremos capacidade de fazer todos os resgates, porque está muito mais disperso nesse evento climático que a gente está vivenciando. E com dificuldades, porque ali as chuvas não cessam. O estado tem tido dificuldades para acessar as localidades”, disse.
Leite afirmou ainda que conversou por telefone com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “O presidente manifestou sua intenção de vir ao estado amanhã, gesto que é muito bem-vindo neste momento de dificuldades”, escreveu no X, antigo Twitter.
Reforcei que precisamos da participação efetiva e integral das Forças Armadas na coordenação deste momento, que é como o de uma guerra. Não temos um inimigo para ser combatido, mas temos muitos obstáculos para serem superados e precisamos da atuação das Forças Armadas.
— Eduardo Leite (@EduardoLeite_) May 1, 2024