Milei demite chanceler após voto contra os EUA e a favor de Cuba na ONU

Atualizado em 30 de outubro de 2024 às 19:15
O presidente da Argentina, Javier Milei, e a agora ex-chanceler Diana Mondino no Palácio San Martín, sede da diplomacia do país. Foto: Reprodução

O presidente de extrema-direita da Argentina, Javier Milei, demitiu sua chanceler, a economista Diana Mondino, após voto contra os Estados Unidos e a favor de Cuba na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas). O mandatário do país busca uma aproximação com Washington.

O novo chefe do Ministério das Relações Exteriores da Argentina será Gerardo Werthein, atual embaixador do país nos Estados Unidos. Mondino já estava desgastada na gestão de Milei e seu voto na ONU piorou a situação.

A chanceler votou a favor de uma resolução que repudia o embargo dos Estados Unidos contra Cuba e juntou a Argentina a um grupo de 187 países que se manifestaram de maneira quase unânime contra a medida de Washington.

A agora ex-chanceler se manifestou a favor da resolução numa estratégia de buscar apoio para reivindicar a soberania argentina pelas ilhas Malvinas. O posicionamento contrário aos Estados Unidos, no entanto, é apontado como inadmissível para Milei, segundo veículos argentinos.

Demissão da chanceler Diana Mondino foi anunciada nesta quarta (30). Foto: Cristina Sille/Reuters

O presidente argentino tem promovido uma caça às bruxas na diplomacia do país, cobrando um alinhamento a seus ideais e uma oposição Agenda 2030 da ONU, plano global de desenvolvimento sustentável que inclui 193 países.

Mondino foi demitida do posto a poucos dias da cúpula do G20 no Rio de janeiro e cerca de um mês antes de evento do Mercosul em Montevidéu, no Uruguai. Milei afirmou que vai comparecer ao primeiro e não confirmou se irá ao segundo.

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