Javier Milei, presidente da Argentina, decidiu demitir a ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino, após o país votar a favor de uma resolução na ONU que defende o fim do embargo dos Estados Unidos contra Cuba. O governo confirmou a exoneração na tarde de quarta-feira (30), citando uma “mudança de direcionamento na política externa”.
A decisão aconteceu logo após a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovar a resolução com apoio de 187 países, incluindo o Brasil. Estados Unidos e Israel foram os únicos países que se opuseram. O voto argentino causou desconforto dentro do governo, visto que Milei critica alinhamentos com regimes que considera antidemocráticos.
De acordo com o “La Nación,” o voto argentino gerou uma crise política, com Milei expressando insatisfação pela Argentina estar “ao lado de comunistas”. Essa postura contraria o alinhamento que Milei busca manter com os Estados Unidos, país com o qual ele deseja estreitar relações em várias áreas diplomáticas.
Além disso, a Argentina está empenhada em ganhar apoio internacional na disputa de soberania pelas Ilhas Malvinas contra o Reino Unido. O governo tem interesse em evitar confrontos diplomáticos que possam prejudicar essa pauta, particularmente com aliados ocidentais, conforme destacou o gabinete presidencial em comunicado oficial.
Gerardo Werthein, atual embaixador da Argentina nos Estados Unidos, foi anunciado como o substituto de Mondino. Conhecido por seu relacionamento próximo com a família do presidente, Werthein deverá assumir o papel com a responsabilidade de reorientar a política externa argentina para refletir os valores que Milei considera alinhados às “democracias ocidentais”.
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