O presidente da Argentina, Javier Milei, está negociando a compra de 24 caças F-16 da Dinamarca e está perto de fechar acordo com o país. A aquisição do novo avião de combate vai custar US$ 664 milhões (cerca de R$ 3,3 bilhões) e deve gerar implicações estratégicas regionais.
A negociação ocorre em meio a um arrocho duríssimo no país, que conta com cortes em programas sociais, aposentadorias e salários de servidores. Ele também promove um congelamento dos investimentos com obras públicas e paralisou as transferências para províncias.
Em 2023, o orçamento da defesa da Argentina respondia a 5,4% do total da América Latina e do Caribe. A Argentina tem tentado há trinta anos comprar uma frota de aviões de combates, mas vem fracassando.
Com a eleição de Milei no ano passado, o Departamento de Estado americano celebrou um acordo com a Dinamarca e permitiu a reexportação de seu produto. O país permitiu a transferência na ocasião e afirmou que a liberação para a venda dos caças ao país “reafirma os laços próximos de defesa e apoio firme aos esforços argentinos de modernização”.
Atualmente, Copenhague está se desfazendo de sua frota de 44 aviões para incorporar 27 novos caças F-35. Os F-16 são antigos e fazem parte de um lote de 77 entregues de 1980 a 1997. Do total, 19 estão sendo preparados para doação à Ucrânia, que deve usá-los na guerra contra a Rússia.
A Argentina não tem aviões de caça desde que aposentou o seu último Mirage francês, em 2015. Atualmente, a frota do país se resume a 12 aviões de ataque americanos A-4 Fightinghawks.