O presidente do PSB, Carlos Siqueira, encrespou de novo com o PT nas negociações para 2022.
Reiterou a dificuldade nas tratativas e colocou a aliança entre os dois partidos em xeque.
Siqueira quer usar Alckmin, cotado a ir para o PSB e para a vaga de vice na chapa de Lula, como moeda de troca.
PT e PSB negociam, além de Alckmin na eventualidade de o ex-governador assinar a ficha do partido, em cinco estados: Pernambuco, São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
Siqueira quer São Paulo, com Márcio França candidato com apoio de Fernando Haddad.
Enquanto o assunto não desenrola, a militância do PSDB que segue o ex-governador, contrária a Lula e conhecida como ‘infantaria’ por seu intenso trabalho de rua, mexe seus pauzinhos: na cabeça desse pessoal, Geraldo tem de sair candidato ao Governo de SP.
Mas em composição com quem?
Com Moro. Sim, os aliados de Geraldo nos bairros querem que o ex-governador assine com o Podemos e siga com o ex-juiz da Lava Jato na corrida presidencial.
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Eles têm acesso 100% ao ex-governador, mas quem conhece Geraldo sabe que ele é bom mesmo de rir, tomar café e não dizer nada sobre nada. A decisão é dele pronto e acabou – há quem diga que nem Lu Alckmin sabe o que passa na cabeça do marido.
Além dos militantes, o DCM conversou com quadros mais qualificados que acompanham Geraldo. Nesse grupo a visão é diferente: ninguém diz abertamente, mas a preferência é pela união nacional contra o genocida de plantão no palácio do Alvorada.
Já imaginou a tragédia?
Outras fontes próximas ao ex-governador sentem que a tendência é sim manter a aproximação tática com o PT.
O problema está em como convencer Márcio França e Siqueira de que, a despeito de desejo partidário, Haddad está a milhões de anos luz à frente de França em termos de capacitação, trajetória política e outros quesitos mais.
A esticada de corda do PSB pode acabar levando Geraldo para o colo de Moro. Já imaginou a tragédia?