O tenente-coronel Marcelino Haddad será enviado à China pelo Exército. Ele é citado em relatório da Polícia Federal por ter enviado a Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, um roteiro golpista. A Força publicou uma relação com dezenas de nomes de militares selecionados para posições de adido e outras missões no exterior nesta segunda (19). A informação é da revista Veja.
Segundo a publicação, Marcelino Haddad foi destacado para “Curso de Estudos de Defesa e Estratégia”, que terá início no terceiro trimestre de 2024 e acaba no terceiro trimestre de 2025. Segundo o Exército, ele foi aprovado a partir de critérios de “mérito militar”.
Apesar da divulgação recente, este tipo de processo costuma ser longo dentro do Exército. A Força não se manifestou sobre adotar alguma medida contra o militar após a revelação das mensagens, mas o coronel Jean Lawand Júnior, que iria para posto diplomático nos Estados Unidos, teve a nomeação suspensa depois da descoberta.
Ex-comandante do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Rio de Janeiro, Haddad enviou considerações de um jurista, documentos e apresentações do Exército para auxiliar no plano golpista. Por meio de WhatsApp, ele passou para Cid três documentos que previam afastamento de ministros ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a decretação de Garantia de Lei e da Ordem (GLO).
Segundo o militar, as Forças Armadas teriam uma “missão constitucional” a ser cumprida e bastaria uma convocação do então presidente para que houvesse uma intervenção militar.