O advogado e militar da reserva Ailton Gonçalves Moraes Barros, afirmou, em depoimento informal à Polícia Federal (PF), que não sabe nada sobre a autoria das mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018. Ele é um dos presos preventivamente na Operação Venire.
De acordo com informações do jornal O Globo, os policiais consideraram as informações dadas pelo bolsonarista inúteis e, por conta disso, decidiram não produzir um termo escrito para não “avolumar” o inquérito sem necessidade.
O simpatizante do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é investigado por envolvimento em possível esquema de fraudes em dados de vacinação da Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. A PF quebrou o sigilo dos suspeitos e descobriu conversas de Ailton com o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid.
Na troca de mensagens, Ailton disse a Mauro Cid ter informações sobre as mortes de Marielle e Anderson: “Eu sei dessa história da Marielle toda, irmão, sei quem mandou. Sei a p*** toda. Entendeu?”, ressaltou o bolsonarista em um áudio.
No entanto, diante da polícia, Ailton recuou. O advogado não acrescentou nada aos dados já conhecidos pela PF. Ainda segundo o jornal O Globo, um dos policiais chegou a comentar aos colegas de corporação: “O que ele sabe está na mídia”.