Alvo de operação deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta (8), o tenente-coronel Guilherme Marques de Almeida desmaiou enquanto agentes cumpriam um mandado de busca e apreensão. Ele é investigado em inquérito que apura organização criminosa que planejou golpe de Estado.
O militar é comandante do 1º Batalhão de Operações Psicológicas do Exército, que tem sede em Goiânia (GO), e trabalha na função desde janeiro deste ano. Antes de ocupar o posto, entre 2022 e 2023, ele foi oficial de Estado-Maior no Comando de Operações Terrestres do Exército, e, entre 2020 e 2022, foi instrutor na Escola de Operações Psicológicas do Exército Peruano.
Ele foi alvo da PF por suspeita de integrar núcleo de desinformação e ataques ao sistema eleitoral. Ele e colegas teriam difundido notícias e estudos falsos sobre a falta de lisura na disputa de 2022, com o objetivo de estimular apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro a permanecerem na frente de quartéis e outras instalações das Forças Armadas e criar um ambiente propício para um golpe de Estado.
Ao ser surpreendido por agentes da PF, ele precisou ser socorrido às pressas. Segundo o portal Metrópoles, ele se recuperou e colaborou com as buscas posteriormente.
Ele foi um dos alvos da operação nesta quinta. No total, foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva, 33 de busca e apreensão e 48 medidas cautelares, que incluem a proibição de que os investigados se comuniquem entre eles.
Os principais alvos da operação, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, foram Bolsonaro, Valdemar Costa Neto (presidente nacional do PL), e os generais Augusto Heleno (ex-chefe do GSI) e Walter Braga Netto (ex-minsitro da Casa Civil).