Membros da cúpula das Forças Armadas estão vendo a comemoração do 7 de Setembro desta quinta-feira, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, como uma oportunidade de mostrar o “retorno à normalidade”. A informação foi divulgada pelo colunista Bela Megale, do jornal O Globo.
Para militares de alta patente, há o entendimento interno de que este é o momento de deixar no passado a tensão institucional vinculada à data nos anos de governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), além disso, voltar a associá-la ao “o Dia da Pátria”, sem nenhuma conotação política.
Vale destacar que o governo petista pretende usar a data para fazer um aceno às Forças Armadas, além de pregar a união do país. O evento acontece em meio a uma tensão com os militares por conta das investigações sobre a tentativa de golpe de 8 de janeiro e a venda ilegal das joias sauditas recebidas pela gestão bolsonarista.
Na última quarta-feira (6), apesar de dizer que os militares se “apoderaram” do feriado e que a data deixou de ser uma “coisa da sociedade como um todo”, Lula afirmou que o 7 de setembro será um dia de “união”. O mandatário defendeu, ainda, que a celebração da Independência deverá lembrar que o Brasil é “um só”.
“Será um dia nem de ódio, nem de medo, e sim de união. O dia de lembrarmos que o Brasil é um só. Que sonhamos os mesmos sonhos. Que podemos ter sotaques diferentes, torcer para times diferentes, seguir religiões diferentes, ter preferência por este ou por aquele candidato, mas que somos uma mesma grande nação, um único e extraordinário povo”, declarou o petista.
Durante o desfile, houve gritos de “Lula” e “democracia”. Já na hora dos hinos, as pessoas presentes nas arquibancadas cantaram “olê, olê, olá, Lula”. Vale destacar que esse é o primeiro 7 de Setembro deste mandato do petista.
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