Foi aprovado, na madrugada deste sábado (30), pelo Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), o pedido de licenciamento da mineradora Taquaril Mineradora S.A. (Tamisa) para exploração da Serra da Curral, em Nova Lima, Minas Gerais. A decisão, tomada mesmo com fortes protestos de ambientalistas, é a etapa final de avaliação técnica de órgãos ambientais do Estado.
A decisão foi tomado por volta das 3h da manhã, após 18 horas de reunião virtual irregular. Nesse horário a sala já estava sem a presença de representantes da sociedade civil, que se manifestaram contra a liberação da mineração no local.
Votaram a favor: Secretaria de Estado de Governo (Segov); Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede); Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese); Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig); Agência Nacional de Mineração (ANM); Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Extrativas (Sindiextra); Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG); e Sociedade Mineira de Engenheiros (SME).
Votaram contra: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); Fundação Relictos (Relictos); Associação Promutuca (Promotuca); e Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes).
Projeto da Tamisa
O projeto da Tamisa prevê a instalação do Complexo Minerário Serra do Taquaril (CMST) em uma área equivalente a 1.200 campos de futebol. O local é um desejo antigo das mineradoras, fica na região da fazenda Ana Cruz, próxima ao Pico Belo Horizonte, cartão-postal da cidade.
O processo de exploração tem duas etapas: na primeira, espera-se extrair 31 milhões de toneladas de minério ao longo de 13 anos. Enquanto a segunda, consiste na lavra de 3 milhões de toneladas de itabirito friável rico, com dois anos de implantação e nove de operação.
Durante toda a semana, ambientalistas fizeram atos e protestos contra a mineração no local. Segundo o movimento, os impactos são a destruição da biodiversidade na serra, que abriga quase 40 espécies de plantas e animais ameaçados de extinção, poluição do ar devido as explosões para a extração de minério, poluição sonora causada pela atividade mineradora em turnos diários, riscos de desabamentos com explosões e a falta de vegetação que evita a erosão do solo, além da morte de cursos d’água que nascem na região.
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