Uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) realizada nesta quinta-feira (10) mirou uma organização criminosa especializada no tráfico de drogas, que envolvia servidores e funcionários terceirizados do Supremo Tribunal Federal (STF). Com informações do Metrópoles.
O eletricista Douglas Ramos da Silva, apontado como intermediador entre fornecedores de entorpecentes e os clientes, mantinha um caderno com registros de nomes e pagamentos dos envolvidos.
A lista de clientes foi descoberta durante uma investigação conduzida pela 5ª Delegacia de Polícia (DP), em setembro do ano passado, que resultou na prisão de Douglas. A operação desta quinta, batizada de “Shadow”, teve como objetivo localizar os fornecedores de drogas envolvidos no esquema.
Clientes e rede de tráfico revelados
Entre os apelidos listados no caderno de Douglas estavam “Batata”, “Mijão” e “Minhoquinha”, indicando a amplitude do esquema. A operação coordenada pela 5ª DP é o resultado de um ano de investigações, que identificaram quatro alvos principais responsáveis pela distribuição de drogas para servidores e colaboradores de órgãos públicos, incluindo o STF.
Os traficantes usavam o WhatsApp para realizar transações e expandiam o esquema por meio de transferências financeiras. Foram expedidos cinco mandados de busca e apreensão e quatro de prisão nas regiões de Samambaia, Ceilândia e Águas Lindas (GO).
Detalhes da operação Shadow
Cerca de 50 policiais, incluindo equipes da Divisão de Operações Especiais (DOE) e cães farejadores, participaram da operação. O nome “Shadow” faz referência à maneira como os criminosos agiam nas sombras, buscando esconder suas atividades ilícitas.
O primeiro alvo da operação foi um homem de 34 anos, morador de Samambaia, que atuava como intermediário no tráfico e já havia se envolvido em casos de violência doméstica e lesão corporal. Outro envolvido, com histórico criminal desde 2009, era um dos principais fornecedores de drogas.
Um terceiro membro da organização, de 23 anos, residente em Águas Lindas, utilizava diferentes endereços para despistar as autoridades. O quarto integrante, de 36 anos, morava em Ceilândia e, apesar de estar em prisão domiciliar, continuava a colaborar com a quadrilha.
Os investigados responderão pelos crimes de tráfico de drogas e associação ao tráfico, com penas de 5 a 15 anos de reclusão.
Nota do STF
O STF esclareceu, em nota, que tem colaborado com as investigações e que a apuração se refere a eventos ocorridos em um estacionamento próximo à Suprema Corte, que não pertence ao tribunal.
A administração do STF tentou regularizar o local junto ao Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) para facilitar o controle, mas não obteve sucesso. Além disso, o tribunal informou que não há registro de envolvimento de seus servidores nos crimes investigados.
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