Ministério do Esporte nega ser o responsável pelos uniformes dos atletas olímpicos

Atualizado em 23 de julho de 2024 às 21:22
Cinco atletas sorrindo e posando para foto com uniforme do Brasil
Atletas estão reclamando do material do uniforme brasileiro – Alexandre Loureiro/COB

Os uniformes fornecidos aos atletas brasileiros para as Olimpíadas de 2024 se tornaram alvo de críticas. Após reclamações públicas sobre o material de alguns esportistas, o Ministério do Esporte (Mesp) se manifestou sobre a polêmica nesta segunda-feira (22). Em nota, o órgão reiterou que a responsabilidade é do Comitê Olímpico do Brasil (COB).

O Mesp iniciou o comunicado negando ser responsável pelos uniformes dos atletas. “É falsa a informação que o Ministério do Esporte seja responsável por confeccionar e fornecer kits de uniforme e equipamentos para a delegação brasileira que irá competir nos Jogos Olímpicos de Paris”, explicou. “É responsabilidade do Comitê Olímpico do Brasil (COB) a distribuição das roupas de viagens, desfile, cerimônia de abertura e dia a dia na Vila Olímpica para todos os atletas brasileiros”.

Ainda na nota, o Ministério do Esporte destacou que o apoio do governo se dá por meio do Bolsa Atleta, um programa contínuo mensal, que nesta edição das Olimpíadas, contempla 88% dos 276 atletas classificados. “O Ministério reitera que se mantém comprometido em apoiar e promover o desenvolvimento esportivo e a participação dos atletas brasileiros, concentrando suas principais ações em áreas diretamente ligadas ao incentivo e ao suporte ao esporte nacional”, publicou.

Os uniformes do Brasil para as Olimpíadas geraram polêmica

José Fernando Ferreira, atleta do decatlo conhecido como Balotelli, foi o primeiro a reclamar abertamente do material. Ele afirmou que os uniformes recebidos são insuficientes para a quantidade de provas que disputa e que teve que comprar sete pares de sapatilhas com seu próprio dinheiro.

Fernando Ferraz, também do decatlo, disse que terá que lavar o material na Vila Olímpica. “Vou passar mais de 20 horas na pista de atletismo, dois dias de competição divididos em quatro etapas, e recebi apenas uma regata, um macaquito e um short balão. Assim que terminar as provas do primeiro dia, terei que voltar para a Vila Olímpica e lavar meu material ou competir com ele sujo”, disse Ferraz.

Izabela Silva, do lançamento de disco feminino, desabafou após receber roupas masculinas e nenhuma peça feminina porque, segundo foi informada, não havia tamanhos maiores do que o médio. A distribuição dos uniformes de competição cabe a cada confederação e ao fornecedor escolhido. A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) trabalha em parceria com a Puma.

Imagens de atletas do vôlei feminino recebendo uniformes em sacos plásticos viralizaram nas redes sociais, aumentando ainda mais a repercussão negativa do material. Além disso, duas atletas do rugby mostraram que pretendiam trocar as saias do uniforme feminino por calças compridas.

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