Ministério fará força-tarefa com concessionárias do país para restabelecer energia em SP

Atualizado em 13 de outubro de 2024 às 17:48
Agente da CET controla trânsito no cruzamento da avenida Brigadeiro Luis Antônio com a avenida Paulista durante apagão. Foto: Matheus Moreira/g1

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, convocou a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para apresentar um plano de contingência para restabelecer a energia em São Paulo. Em um documento publicado no domingo (13), o ministro deixou claro que exigirá a “colaboração de todas as concessionárias” para enfrentar a crise energética resultante das fortes chuvas que atingiram a região. O presidente da Aneel, Sandoval Feitosa Neto, deve apresentar o plano às 14h de segunda-feira (14), em um encontro presencial na capital paulista.

Silveira expressou sua determinação em não admitir “qualquer omissão” por parte da agência reguladora e ordenou que a Aneel se reúna com a Enel e outras distribuidoras de energia elétrica para discutir ações emergenciais. A intenção é elaborar um plano de ação para a rápida resolução da situação que afeta a população de São Paulo e sua região metropolitana.

Uma reunião entre a Aneel e os representantes das empresas está programada para a noite deste domingo, com a participação de empresas como Neoenergia Elektro, EDP São Paulo, Energisa Sul-Sudeste e outras, para discutir a mobilização de recursos e ações coordenadas.

Para reforçar a resposta à crise, o ministro também está articulando a vinda de equipes de distribuição e transmissão de energia de outros estados, semelhante ao que foi feito durante a catástrofe no Rio Grande do Sul em maio. Essa mobilização deve incluir centenas de eletricistas e equipamentos para acelerar o restabelecimento da energia na região.

Atualmente, cerca de 760 mil clientes da Enel em São Paulo continuam sem energia, mais de 43 horas após o apagão que ocorreu na noite de sexta-feira (11). Segundo a Aneel, aproximadamente 2,6 milhões de consumidores foram afetados, dos quais 2,1 milhões pertencem à área de concessão da Enel, o que intensifica a pressão sobre a concessionária e a agência reguladora.

Ricardo Nunes e presidente da Enel, Guilherme Gomes Lencastre. Foto: Reprodução

O episódio gerou um novo embate entre o Ministério de Minas e Energia e a Aneel, com críticas de Silveira à atuação da agência. O ministro destacou que a Aneel não encaminhou o pedido de caducidade do contrato da Enel, solicitado pelo governo federal há um ano. O governador Tarcísio de Freitas e o prefeito Ricardo Nunes também se manifestaram, exigindo o fim do contrato com a empresa, evidenciando a insatisfação da população com os serviços prestados.

Conheça as redes sociais do DCM:

⚪️Facebook: https://www.facebook.com/diariodocentrodomundo

?Threads: https://www.threads.net/@dcm_on_line